«Confesso que não me apercebi da intervenção.
Na Ceia de Natal do seu Partido, o actual Primeiro-Ministro ter-se-á congratulado com a aprovação da prática do aborto no referendo do início do ano findo.
O argumento que usou, contudo, faz arrepiar. Disse que, com tal aprovação, Portugal superou «tabus religiosos» e obteve um «avanço civilizacional».
Tabus por parte de quem? Só se for por parte de quem assim fala. Ficamos entendidos: para o chefe de governo, as convicções são tabus, dando a entender que os crentes não discutem, não estudam e não aprofundam.
É uma estratégia de pura propaganda esta. Quando não se quer dialogar, estigmatiza-se e, em último caso, amesquinha-se e ofende-se.
Se o senhor Eng. José Sócrates quer dizer que a vida é uma questão sagrada, devemos dizer que temos muita honra nisso. Temos todos, crentes e não crentes.
«Avanço civilizacional» será fazer tudo pela promoção da vida. Aliás, na sua mensagem de Ano Novo, o senhor Presidente da República alertou para a necessidade de promover a natalidade. Não é, seguramente, com a liberalização do aborto que tal desiderato se obtém.
«Avanço civilizacional» não é, com toda a certeza, o aborto, a morte. E, perdoe-se-me, «avanço civilizacional» não são também palavras deste género.»
cf. http://padrejoaoantonio.blogs.sapo.pt/
e ainda http://nova-evangelizacao.blogspot.com/2008/01/tabus-religiosos.html
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