quarta-feira, dezembro 12, 2007

É Natal. Na ARS-norte, "Herodes" prepara a matança dos Inocentes...


Só pode ser "coisa do Diabo" isto de se porem a gastar dinheiro público para, em plena quadra natalícia, preparar em PAREDES uma sala de morte! É esta a prenda de Natal que a ARS-norte quer dar aos paredenses, penafidelenses e amarantinos?

E não é seguramente de democratas criar todos os quatro Centros de Aborto experimentais em municípios onde o "Não ao aborto" obteve vitórias claríssimas - em Paredes a vitória cifrou-se em 66,1%. Quem assim afronta estes cidadãos não pode ser Democrata. E também não será, porventura, muito inteligente...

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Que os cidadãos de Penafiel e os de Amarante continuem distraídos do Verdadeiro Espírito do Natal, que é Espírito de Vida, entretidos com as compras de Natal e com o "progresso" que às tantas até vêem no "aborto ao pé da porta", é lá com eles.

Se todos tivermos de cair, saber-se-á que só Paredes caíu de pé!
Mas se todos nos salvarmos deste Natal da Matança dos Inocentes... o futuro lamentará que só Paredes tenha resistido e lutado; que na região de Sousa e Tâmega só Paredes tenha sido cabeça e coração feitos verbo e acto! Ou será que ainda resta alguma fibra e dignidade nessas terras que viram nascer o P.e Américo, António Nobre, Teixeira de Pascoaes, Amadeo de Sousa Cardoso e Leonardo Coimbra?

Adei...

Penafiel! Amarante!

Acordai!!!

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Às urnas, senhores médicos!


As actuais eleições para a Ordem dos Médicos assumem um especial relevo para a cidadania e defesa da Vida em Portugal, num momento em que esta organização trava uma dura luta em defesa do seu código deontológico, perante inaceitáveis tentativas de ingerência por parte do estado.

Sendo assim, o vida-por-vida faz um forte apelo aos médicos e médicas portuguesas:

1. Informem-se bem dos compromissos assumidos e dos perfis dos três candidatos;

2. Tenham em especial atenção as garantias dadas pelos candidatos a respeito da defesa do "código deontológico". A este respeito apraz-nos registar o reiterado e corajoso testemunho público do candidato e actual bastonário, o Dr. Pedro Nunes, sem esquecer que - na questão concreta do aborto - também o candidato Miguel Leão afirmou defender a manutenção da actual disposição estatutária pró-Vida.

3. Num dos locais definidos, votem. Votem todos! Dêem ao próximo bastonário a força de que o seu mandato vai precisar para poder enfrentar os duros desafios que o esperam!

4. Pelo que nos tem sido dado perceber, parece-nos que talvez o Dr. Pedro Nunes seja o candidato melhor colocado para, com a sua experiência e a coragem de que tem dado manifestas provas, defender as liberdades de consciência da classe médica contra a inaceitável campanha de coacção e intimidação do (felizmente remodelável) ministro Correia de Campos.


o nosso apoiado - Dr. Pedro Nunes!




o nosso "second best", Dr. Miguel Leão

quinta-feira, dezembro 06, 2007

objecção de consciência mobiliza famílias espanholas

Já que o PS português segue na cola do PSOE espanhol, preparem-se os portugueses para o que aí vem a seguir.


"É que é já a seguir!..."

«70 PADRES DE JEREZ DE LA FRONTERA, PRESENTAN SU OBJECION DE CONCIENCIA FRENTE A LA ASIGNATURA “EDUCACION PARA LA CIUDADANÍA”»

cidadãos dóceis convêm a um estado totalitário... laicista!

«Educación para la Ciudadanía expulsa la Religión de la escuela»



«Los padres de los colegios públicos contra el adoctrinamiento de Educación par a la Ciudadanía. En Chiclana de la frontera cientos de objecciones ya»


«Cheque Escolar - Asociaciones gallegas de padres no pedirán objeción de conciencia»


NUEVOS PADRES OBJETORES EN IES DEL PUERTO DE SANTA MARÍA FELICITAMOS A ESTOS PADRES QUE POR EL BIEN DE SUS HIJOS SE ENFRENTA AL GOBIERNO QUE TRATA DE IMPONER SU IDEOLOGÍA SECTAREA FRENTE A SUS DERECHOS.

a doutrina social da Igreja e o PPD

«O PPD, de Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e da Ala Liberal, inspirava-se na doutrina social da Igreja para encontrar um caminho programático.» In "Foi assim", Zita Seabra, Aletheia Editores, 2007, pág. 234

Foi assim... mas já não é. O PSD actual afastou-se tanto do espírito do seu fundador que o grupo dos que ali se opõem ao aborto, entre outras coisas - entre outras Causas, é hoje minoritário. E esta como outras (des)orientações do PSD actual "dificilmente" se podem fundamentar na doutrina social da Igreja.
Impõe-se, por isso, encontrar novas formas de intervenção cívica para os que defendem o que a Igreja também defende e ensina.

O PSD e o CDS pós-Ribeiro e Castro já não são "casas" em que, quem assim pensa e sente a causa da Vida, se sinta... em casa!

terça-feira, dezembro 04, 2007

pelo "superior interesse da criança"

À consideração dos nossos leitores estas duas petições recentemente lançadas. A primeira, relativa ao grave problema das crianças institucionalizadas vítimas de abuso; a segunda refere-se ao caso específico da criança de Vila Real, retirada aos pais adoptivos aos seis anos de idade.


PETIÇÃO 1
estabelecimento de medidas sociais, administrativas, legais e judiciais, que realizem o dever de protecção do Estado em relação às crianças confiadas à guarda de instituições, assim como as que assegurem o respeito pelas necessidades especiais da criança vítima de crimes sexuais, testemunha em processo penal.

http://www.petitiononline.com/criancas/petition.html


PETIÇÃO 2
Somos um conjunto de cidadãos e de cidadãs, conscientes de que em determinadas circunstâncias a possibilidade das crianças em famílias afectivas terem de voltar para as famílias biológicas, numa idade em que a sua construção de identidade está em plena afirmação pessoal e social, não afecta apenas as crianças vítimas desta situação, mas toda a sociedade que assiste revoltada e estupefacta perante as decisões arbitrárias do sistema judicial português - como aquela que nos leva a solicitar esta petição.

http://www.petitiononline.com/iaradoli

http://juntospelaiara.blogspot.com

terça-feira, novembro 27, 2007

Justiça à espanhola: llega quando llega... pero llega!


Operação policial a quatro clínicas de abortos em Barcelona levou à detenção de, pelo menos, quatro pessoas

A justiça espanhola está a investigar a existência de casos de prática reiterada de interrupções voluntárias da gravidez fora do previsto por lei, em Espanha. Uma operação policial a várias clínicas de abortos, em Barcelona, culminou ontem na detenção de, pelo menos, quatro pessoas.


A Guardia Civil procedeu a rusgas em quatro clínicas da capital da Catalunha. A investigação teve por base várias denúncias.

Em Espanha, a prática do aborto só é permitida em caso de malformações do feto, violação ou quando está em causa a saúde da mãe, sempre que esta alegue problemas físicos ou psíquicos.

A operação policial baseou-se numa decisão de um juiz de instrução de Barcelona. As autoridades judiciais salientam que não actuaram tendo por base qualquer ideologia mas sim no respeito pela justiça espanhola.

Fonte: SIC

quarta-feira, novembro 14, 2007

nos centros de saúde... ISTO?


«O aborto medicamentoso pode provocar hemorragias graves e está documentada uma morte na Suécia em 2003 porque a mulher não valorizou os sinais de alarme», Margarida Castel-Branco, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra


«Está descrito um caso de uma morte, na Suécia em 2003, em que a mulher foi para casa e não soube avaliar bem a gravidade da hemorragia e acabou por morrer por sangrar excessivamente», idem


«cinco casos confirmados e sete muito prováveis de morte devido a septicemia, ou seja, infecção generalizada resultante da medicação entre 2003 e 2006.», idem



«Quando estas mulheres têm septicemia não têm os sinais típicos da infecção, pode aparecer sem febre ou em poucas horas e as pessoas não se apercebem», explicou.


«o uso de medicação em gravidez ectópica (fora do útero), que pode levar a uma ruptura, pôr em causa a vida ou a fertilidade futura.», idem


«uma mulher tomou a medicação e acabou por morrer por uma ruptura de gravidez ectópica»,

«Há riscos resultantes dos próprios medicamentos que se tomam. O aborto medicamentoso não aparece como a grande salvação em relação ao aborto cirúrgico»,

«Este processo é demorado, dura alguns dias»


«a mulher pode sangrar durante entre nove e 45 dias, em casos mais raros, o que marca desde logo a diferença para o aborto cirúrgico».


«necessidade de informar a mulher de que vai ter dores muito fortes e não meramente dores menstruais e de que em 75 por cento dos casos se recorre a analgésicos narcóticos como a codeína», idem


«O que mais nos preocupa é que neste processo a mulher é deixada muito sozinha. É enviada para casa e é-lhe dito que se tiver dores fortes ou perdas abundantes de sangue se dirija a um estabelecimento de saúde».


«Mas o que são dores, mal-estar acentuado ou perdas abundantes de sangue depende da percepção de cada mulher», salientou à Lusa.


«a indicação de que se tratará apenas de perdas idênticas às menstruais não está completamente correcta porque "saem também coágulos e o embrião"»


"A mulher quando está sozinha em casa nesse momento não conta com qualquer apoio físico ou psicológico", recordou.

citações do AlgarvePelaVida e do SOl


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O aborto medicamentoso consiste em dois momentos, a mulher toma a pílula abortiva RU486 (que actua como antagonista da progesterona) e depois é enviada para casa, numa altura em que ainda não deve expulsar o embrião. Depois de 36 a 48 horas, a mulher terá que voltar ao estabelecimento de saúde para tomar um segundo medicamento com misoprostol, uma prostaglandina sintética que actua por estimulação das contracções uterinas. Neste segundo momento é recomendada a prescrição de um analgésico, porque é a altura em que deverão aparecer as dores mais fortes. A mulher poderá ficar quatro a seis horas no estabelecimento para haver hemorragia e expulsão do embrião, mas também pode ser enviada para casa, dependendo da decisão do estabelecimento ou do perfil da mulher.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Reclamação nº 1 - Centro de Saúde de Paredes


Reclamante: Luís Filipe Botelho Ribeiro

Motivo da reclamação:
Tendo tomado conhecimento de que o Sr. coordenador da área de saúde materna da A.R.S. do Norte, Paulo Sarmento, está a preparar o Centro de Saúde de Paredes para a realização de abortos (I.V.G.s) contrariando o fim do sistema de saúde em geral e deste centro em particular, venho por este meio apresentar uma reclamação contra este projecto que cometerá em nome dos cidadãos crimes de sangue, destinando a uma política de morte meios que em princípio deveriam ser colocados ao serviço da Vida.

Em virtude desta situação, amplamente noticiada na imprensa, como cidadão português manifesto a minha perda de confiança na idoneidade do actual titular para coordenar a área de saúde materna , para se concentrar naquela que devia ser a sua prioridade: garantir condições para mães e bebés.

Paredes, 7 de Novembro de 2007 17h45
(assinatura)

reclamação contra a "via verde" para o aborto nos centros de saúde


Acabo de apresentar a minha reclamação no Centro de Saúde de Paredes contra o projecto da sua transformação num "centro de morte". Apelo e encorajo quantos partilhem desta posição, pelas mesmas ou por outras razões, a tomarem igual iniciativa. Em baixo proponho algumas formas alternativas do teor da reclamação, que podereis copiar, adaptar ou reescrever a gosto. O importante é que, usando plenamente os nossos direitos de cidadania, façamos saber aos nossos governantes o que pensamos da perversão que se prepara para os nossos centros de saúde. E talvez ainda seja possível impedir o projecto de "via verde" para o aborto.

Recomendações práticas para a presentação de reclamação:
- à cautela, levar Bilhete de Identidade: embora o formulário (e eventualmente a Lei) não preveja o preenchimento desta informação, uma recente "circular" interna da A.R.S., disseram-nos, determina que os funcionários solicitem o B.I. (será uma forma de impedir algumas reclamações?). Seria interessante saber se a não exibição do BI implicaria a recusa de admissão da reclamação...
- não sabemos se o livro estará disponível para preenchimento fora das horas de abertura da secretaria. O centro está aberto de 2ª a 6ª entre as 8h00 e as 20h00. Como SAP funciona igualmente de 2.ª a 6.ª feira - das 20.00 às 24.00 (porta encerra às 23h00). Como SASU funciona também Sáb./Dom./Fer. - das 9.00 às 24.00. Pelo seguro, comparecer no horário da secretaria das 9h00 às 18h00.
- pode apresentar-se só ou acompanhado, mas assim poderá ser mais fácil contornar alguma "resistência"...

Redacções alternativas para o campo «Motivo da reclamação»:
- Reclamo contra a utilização do Centro de Saúde de ________* na realização de abortos;

- Considero que o centro de saúde de ________ já se encontra em situação de grande dificuldade na prestação o serviço, obrigando os utentes a esperas prolongadas, pelo que o mesmo não deve agora ser sobrecarregado com o serviço de aborto (IVG), para o qual não tem condições de resposta em caso de complicações;

- O centro de saúde de __________ foi construído para proporcionar cuidados de saúde à população e salvar vidas e assim deve manter-se;

- Reclamo contra a manutenção da titularidade da "área de saúde materna" da A.R.S. do norte a cargo do Sr. Paulo Sarmento o qual, conforme amplamente noticiado, tem demonstrado mais zelo em criar condições de proximidade para o atendimento às mulheres que pretendem abortar, em vez de o fazer relativamente às mães que desejam ter os seus filhos dentro do sistema nacional de saúde e não dentro... de ambulâncias, como tem acontecido cada vez mais nos últimos tempos;

- Como cidadão e contribuinte sou contra a canalização de meios públicos para o reforço da "rede de aborto", que os resultados divulgados demonstram ser actualmente suficiente, em detrimento da "rede de Saúde" propriamente dita. Sendo assim, reclamo contra o projecto de "aborto de proximidade" no centro de saúde de ______. Reclamo igualmente contra a "via verde" para o aborto, quando se verifica que as mães que querem ter os seus filhos têm de se sujeitar a filas e listas de espera;


Força e ânimo a todos nós, animados pela certeza adicional de termos do nosso lado a Justiça, a Verdade e a Vida.

L. Botelho Ribeiro

terça-feira, outubro 30, 2007

Epístola aos paredenses


Em 11 de Fevereiro, foi-nos colocada a seguinte pergunta: «Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?». Cinquenta e seis por cento dos eleitores abstiveram-se – muitos dos quais achando que uma tal questão nem se devia colocar. O referendo não foi vinculativo. Apesar disso e dos apelos do Sr. Presidente da República a favor de uma legislação moderada, responsável e em linha com as melhores práticas europeias, este governo tem-se empenhado em fazer aprovar e aplicar uma legislação exorbitando amplamente o alcance da questão referendada, visando facilitar ao máximo a prática do aborto num país de enraizados valores católicos e a braços com uma grave crise de natalidade.


Ainda não satisfeito com os 2500 abortos já executados pelo Estado com o dinheiro dos nossos impostos, e cujo sangue cairá sobre “nós e sobre nossos filhos” (Mateus XXVII, 25), o governo desencadeia agora duas novas ofensivas:


  1. Tenta impor um código deontológico à Ordem dos Médicos, de onde desapareça a sagrada obrigação de salvar SEMPRE – facilitando assim o aborto e abrindo as portas à eutanásia, cuja doutrinação já começou entretanto na comunicação social

  2. Cria um novo programa de “aborto de proximidade” permitindo a realização de aborto químico nos (vãos de escada dos) Centros de Saúde, segundo uma modalidade completamente encapotada durante a campanha do referendo.


Perante tudo isto, aos cristãos põe-se a alternativa entre aceitar colaborar (pelo silêncio e pelos impostos entregues) com esta ofensiva contra a Vida que acreditam ser “dom de Deus”, ou invocar a ajuda do Alto para se opôr a mais esta invasão bárbara.

Um grupo de cristãos desta paróquia está determinado a resistir à violência com a força mansa da sua Fé, da Fé do povo português, do povo de Paredes. Por isso apelamos a todos os corações de boa-vontade para que se nos juntem numa jornada de oração – num “cerco de Jericó” como já tem sido feito em quase cinquenta paróquias portuguesas, conforme se lê em http://www.cercojerico.blogspot.com/). O objectivo é associarmo-nos para a defesa dos objectivos seguintes

  1. Preservar o Centro de Saúde de Paredes como um centro de Vida e não o deixar transformar-se num antro de morte, num matadouro humano;

  2. Apoiar a “ordem dos médicos” na sua causa de defesa do estatuto deontológico ao serviço da Vida;


A estes juntam-se os objectivos gerais do “cerco”:

  • pela defesa da vida desde a concepção até ao final natural da vida

  • apoiar a iniciativa de um grupo de 33 deputados que requereu ao Tribunal Constitucional a verificação da constitucionalidade da lei no dia 5-7-2007;

  • para que cada mulher grávida tenha a coragem de dizer não ao aborto e receba o apoio de que necessita;

  • por todos os matrimónios e união e paz nas famílias;

  • pelos sacerdotes e vocações de especial consagração;

  • pelas crianças vítimas de abusos sexuais, abandonadas e maltratadas;

  • por uma correcta educação sexual dos adolescentes e jovens;

  • pelos jovens e para que encontrem a vocação a que Deus os chama;

  • pelos dirigentes políticos, para que governem com justiça;

  • para que o AMOR DE DEUS preencha todos os vazios e incertezas que assolam os Portugueses.


As primeiras acções que, com a ajuda de Deus, levaremos a cabo, incluem:

  1. Uma corrente de oração ininterrupta durante sete dias e sete noites, para a qual se convidarão explicitamente as confrarias das almas e do santíssimo;

  2. Um pedido aos senhores párocos, no sentido de incluírem uma menção explícita aos nascituros abortados na “oração dos fiéis”, sem prejuízo de se mandarem celebrar missas por essa intenção;

  3. Um apelo à apresentação de participações no Livro de Reclamações do Centro de Saúde de Paredes, invocando perda de confiança na idoneidade ética de Paulo Sarmento, coordenador da área de saúde materna na Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte;

  4. Distribuição de informação aos fiéis (especialmente nas celebrações dos dias de “todos os santos e de “fiéis defuntos”) e um pedido especial aos fiéis para que tenham presentes nas suas orações os nascituros abortados às mãos da “civilização da morte”, contra a qual tantas vezes alertou João Paulo II.

  5. Informação dos utentes dos Centros de Saúde sobre o projecto de “aborto químico” a realizar nessas instalações pelo mesmos profissionais responsáveis pelo atendimento normal, (num estranho paralelo com a política de co-incineração...) e sobre os termos de possíveis reclamações a apresentar: Pelo direito a ser atendido por médicos/enfermeiros comprometido com a Vida e com os respectivos códigos deontológicos; Pelo direito a que instalações construídas com os nossos impostos para defender a Vida e a Saúde, não se transformem agora num “campo de extermínio humano”

  6. Discussão de outras vias cívicas e democráticas de defesa da Vida e da Doutrina Social da Igreja;

  7. A todo o momento confiar na acção subtil e poderosa do Espírito Santo para dar cumprimento ao pedido de Nossa Senhora de Fátima na aparição de 13 de Outubro de 1917 «Não ofendam mais a Nosso Senhor que já está muito ofendido»;

sexta-feira, outubro 12, 2007

Concorda com... o seu centro de saúde transformado em matadouro?

«Até ao final do ano haverá quatro centros de saúde a promover a interrupção voluntária da gravidez (IVG) quimicamente. O programa arranca em Viana do Castelo [..] e seguir-se-ão, até ao final do ano, os centros de saúde de Penafiel, Paredes e Amarante"» cit. do DN de 22. 09. 2007.

Foi com um misto de estupefacção e revolta que lemos as notícias recentes sobre a intenção de iniciar o programa de abortos em centros de saúde – e logo com três unidades do distrito do Porto entre as quatro primeiras do país: Paredes, Penafiel e Amarante. As notícias faziam-se eco de declarações do coordenador da área de saúde materna da Administração Regional de Saúde do Norte, o zeloso executor a Norte da política criminosa deste governo contra a vida humana.

Perante isto, podem ficar a assistir passivamente a esta verdadeira provocação os cidadãos de municípios que no passado dia 11 de Fevereiro responderam maioritariamente “não”? Se é certo que o país se inclinou para o “sim”, iludido por uma série de mentiras postas a circular na campanha eleitoral, não é menos certo que em todos os quatro concelhos indicados para mais esta “inovação” do governo os cidadãos responderam expressivamente “NÃO”. Com tantos concelhos por esse país fora em que o “sim” venceu largamente, a escolha cínica destes quatro não pode ser interpretada senão como uma provocação gratuita aos sentimentos humanistas e religiosos da maioria dos seus habitantes.

Relembremos os resultados do referendo ao aborto em 2007. Em Penafiel, o “sim” perdeu expressivamente por 37% contra 63%. Em Paredes, perdeu novamente por 33,9% contra 66,1%, o mesmo sucedendo em Amarante onde, apesar de se tratar de uma autarquia do PS, o “sim” se ficou pelos 41,7%. Finalmente em Viana do Castelo, mesmo tratando-se de um município fortemente urbano, o “não ao aborto” saiu também aí vencedor com 54,1% dos votos.

Se o grupelho que nos governa(?) tivesse um mínimo de respeito pelos valores democráticos, graças aos quais ocupa o poder, não deixaria de atender de alguma maneira à vontade expressa pelos cidadãos através do voto, lançando esta medida em concelhos escolhidos ao acaso, e não segundo este critério capcioso e provocatório, como dissemos. Se este fosse um governo de democratas, não se atreveria a promover os abortos em locais sem condições para atender possíveis complicações – os centros de saúde - depois de ter apresentado a legalização do aborto como a solução para o “aborto em vão de escada, sem condições de segurança para as mulheres”. Se este fosse um governo de gente responsável, não entraria a elaborar tardiamente um conceito de “aborto de proximidade” de que nunca se falou durante a campanha eleitoral – uma política, portanto, gizada às escondidas do eleitor, sem o seu aval, contraditória com as ideias anunciadas durante a campanha e, consequentemente, um ilícito democrático.

Por outro lado, será que o anunciado projecto já levou em linha de conta a provável (e louvável) objecção de consciência dos profissionais naqueles centros de saúde? Ou estará a contar com uma maior eficácia das “pressões” sobre os (poucos) enfermeiros e médicos dos centros de saúde do que aconteceu nos grandes hospitais? Anunciando o projecto para arrancar já na próxima semana em Viana, os boys do PS nas direcções dos centros e/ou da própria DRS-Norte lá terão a sua estratégia para fazer as coisas, e talvez contem com o factor-surpresa para impedir a tomada de consciência e consequente resistência dos cidadãos discordantes.

E é justamente a essa consciência que esta mensagem em primeiro lugar se destina. Não podemos ficar de braços cruzados à espera que nos transformem os nossos centros de saúde em campos de extermínio humano. Não podemos aceitar que as mãos que de manhã nos prestam os cuidados de saúde primários, sejam de tarde postas ao serviço da morte de seres humanos inocentes. Antes que alguns de nós, por nojo, se sintam obrigados a deixar de entrar nestes locais hoje exclusivamente consagrados à protecção das nossas vidas, melhor é que demos as mãos para impedir que nos roubem o que é nosso: os nossos centros de saúde, os nossos médicos e enfermeiros sempre solidários, competentes e conscientes do valor absoluto da vida humana.

As formas concretas do nosso protesto podem ser mais ou menos imaginativas e diversos os arautos. Das mais silenciosas - como vigílias de oração nas igrejas - às mais ruidosas, como buzinões diante dos centros de saúde ameaçados. Algo terá de ser feito se não quisermos ver à nossa porta os primeiros centros de morte deste inaudito programa de “aborto de proximidade”. No limite não será de excluir mesmo a convocação de uma manifestação ordeira – todos sabemos como o “sms” e o email podem operar “milagres” de mobilização cívica. E, por falar em milagres, num momento tão funesto não será de desaproveitar a “força dos sinos” numa diocese como a do Porto, particularmente animada pelo novo pastor que do Alto lhe foi dado.

terça-feira, julho 10, 2007

Portugal em auto-destruição

A leitura de mais um comunicado da APFN traz-nos à memória uma frase d'El-grán Tony Silva. Sim, do "grande criadô de todá música ró". Ainda em estado de (ter) graça, Herman José pseudo-plagiavava, parodiando-os, os grandes temas musicais do momento, adulterando-lhes a letra e o título e "latinizando-lhes" o andamento.
O "chico fininho" passava a "Francisco sub-alimentado". "Cavalos de corrida" viravam "quadrupedes de competição". A "Rua do Carmo" tornava-se "perpendicular à Rua Garret" e o "perfume patcholi" entrava a ser "essência oriental". Enfim, uma certa "baby suicida" tornava-se "menor em auto-destruição"...

E eis Portugal avançando "alegremente" para a sua auto-destruição! (com a devida vénia e sem plágio)


Comunicado APFN

O INE acaba de publicar um artigo a propósito do Dia Internacional da
População que se celebra hoje, 9 de Julho, em que revela que o Índice
Sintético de Natalidade (ISN) atingiu, em 2006, o valor mais baixo de
sempre, 1.36.

Assim, e ao contrário do que foi previsto pelo INE na sua última projecção
demográfica em que, no cenário base, previa que o ISN crescesse de 1.40 para
1.70 em 2050, este índice não pára de baixar como resultado óbvio de uma
política anti-natalista cada vez mais penalizadora para as famílias com
filhos, tanto mais quanto maior o seu número.

A projecção demográfica é uma ferramenta indispensável para qualquer governo
prever o futuro da sociedade e, assim, dotar atempadamente o país das
infra-estruturas necessárias. Havendo, assim, um erro tão grosseiro nos
dados de partida para a projecção demográfica conhecida, a APFN apela ao
governo para que exija que o INE faça uma nova projecção realista, a fim de
mostrar se, de facto, o país precisa de um novo aeroporto, ou, pelo
contrário, se não será preferível investir fortemente nas famílias com
filhos, para garantir o futuro do país fortemente ameaçado.

A APFN apela ao PR para explicar melhor ao governo as suas preocupações
neste domínio, a fim de que este tome as medidas que se impõem e que têm
vindo a ser adoptadas, com sucesso, na esmagadoa maioria dos nossos
parceiros europeus.

9 de Julho de 2007
APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

sábado, junho 30, 2007

pro reconhecimento do Direito de Objecção de Consciência do contribuinte

Quando o Governo português se dispõe1 a usar o dinheiro dos impostos dos cidadãos para pagar abortos, então todos os contribuintes portugueses que não lhe resistam tornam-se solidariamente responsáveis por essa política.

Apesar de proporcionar a médicos e enfermeiros a possibilidade de se declararem “objectores de consciência”, o Governo não deu (ainda) essa possibilidade aos contribuintes a quem repugne tornar-se cúmplices de verdadeiros crimes de sangue organizados pelo Estado2. Mas uma tal forma de objecção de consciência fiscal poderia ser muito facilmente viabilizada incluindo-se uma opção na declaração anual de rendimentos individuais/colectivos, mediante a qual o montante do imposto correspondente ao peso da política do Aborto no orçamento de Estado (aprox. 0,0355%3) seria consignado a políticas públicas ou instituições pró-Vida, à semelhança do que já acontece com a opção de consignação de 0,5% do imposto para uma determinada instituição de utilidade pública à escolha do contribuinte. Eis, pois, a nossa proposta.

Todavia, enquanto o Governo não reconhece os Direitos de Consciência dos cidadãos contribuintes, da mesma forma que os reconhece a recrutas do serviço militar ou a médicos e enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde, então aqueles contribuintes que consideram o “aborto a pedido” um crime hediondo contra a humanidade, podem legitimamente sentir-se no direito e até no dever de recusar qualquer tipo de apoio prático a esta política de morte4. E à falta de outros meios para se opor eficazmente e em tempo útil ao que considerem um grave erro do Governo, podem inspirar-se na recente campanha governamental “exija sempre a factura” e, contrariando-a, prescindir deliberadamente de algumas facturas, retendo o valor do IVA até atingir os já referidos 0,0355% do imposto anual5, que serão depois entregues a instituições pró-Vida.

Por muito que a volubilidade das leis humanas provisoriamente desaprove esta posição, parece-nos que ela será conforme à lei natural na medida em que o imposto não seja retido em benefício próprio mas entregue a obras de bem, a favor do Direito à Vida que um Governo Justo tudo faria para proteger. A desprotecção da Vida humana pode, aliás, ser hoje vista como a “marca de água” de um governo injusto. Deste modo, a consciência

individual não estará perante qualquer situação de benefício pessoal ou de “evasão fiscal” mas repousará sobre a certeza de estar a contribuir para uma verdadeira moralização da sociedade e da Democracia através da sujeição das contribuições a um critério verdadeiramente ético e consciente.

Atente-se num breve exemplo prático: um cidadão com rendimentos anuais brutos de 21.000€, contribuirá com cerca de 25%, ou 5000€, de impostos. A percentagem de contribuição para a política de aborto a pedido será então de cerca de 0,0355% vezes 5000€ ou 1,78€ num ano. O cidadão pode entender que ao reter este valor em IVA, dispensando a factura, está a “lavar as suas mãos” de sangue inocente. Para isso, à taxa de IVA de 21%, isto implica não-facturas no valor de 8,5€. Pouca coisa para o erário público, mas de capital importância para a sua Paz de Consciência. E, afinal, não há o precedente da dispensa de impostos concedida pelo Estado Português, em atenção à consciência de Agostinho da Silva?

1 A partir de Junho de 2007

2 crimes supostamente sancionados por uma “maioria” de menos de um quarto da população, aliás enganada e manipulada durante a campanha eleitoral.

3 Considerando uma projecção de encargos do Estado para realizar os abortos que aponta para cerca de 25 milhões de euros (http://www.rtp.pt/index.php?article=265412&visual=16&rss=0) e tomando a despesa pública total de 70.417 M€ (http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion_impresa/imagenes/2006/PDF/OE2007.pdf), concluiremos que a parte tomada pela realização de abortos no orçamento de Estado andará pelos 0,0355%.

4 Evangelium Vitae, 71. a 75., Editoral A.O. - Braga, ISBN 972-39-0297-4, João P

aulo II, 1995

5 Pode-se estimar os rendimentos do corrente ano ou, de uma forma mais prática, considerar o valor apurado na declaração de rendimentos do ano anterior e actualizar com a taxa de inflação média.


nota final: as imagens ilustram uma técnica de aborto, denominada

"partial-birth abortion", recentemente condenada pelo Supremo Tribunal dos Estados Unidos com a forte oposição das "multi-nacionais" do aborto que em Portugal tanto trabalharam para a sua legalização. Posso eu, contribuinte e cidadão consciente dos meus Valores Humanistas, entregar ao Estado o meu dinheiro para fazer isto a futuros cidadãos portugueses, ainda que (inconscientemente) uma "maioria" de menos de 1/4 da população posso ter aberto "democraticamente" a porta a semelhante barbárie? Dir-me-ão: "mas não vai ser esta a técnica usada em Portugal". Como se um homicídio devesse passar a ser uma coisa aceitável pela sociedade se a técnica usada implicasse um baixo nível de dor para a vítima.

sexta-feira, março 16, 2007

«Europe's christian heritage» petition 2007

To: European Parliament

PT
Nós, o povo da Europa, aqui afirmamos os nossos valores partilhados e reconhecidos na União Europeia de hoje e de amanhã assentes num legado cultural e histórico de matriz Cristã: respeito da dignidade humana e do direito, solidariedade e subsidiaridade, liberdade e responsabilidade. Nós defendemos também a garantia da liberdade de religião, do respeito dos crentes e não-crentes e do diálogo institucional com as Igrejas.
Assinado a 25 de Março de 2007, no 50º aniversário do Tratado de Roma, o acto fundador da União Europeia.
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EN
We, the people of Europe, hereby affirm our common recognised values in the European Union of today and tomorrow built upon a cultural and historic Christian heritage: respect for Human Dignity, Law and Justice, Solidarity, Subsidiarity, Freedom and Responsibility. We also uphold the guarantee of Freedom of Religion, respect for believers and non-believers, and institutional dialogue with the Churches.
Made this 25th day of March 2007, at the 50th anniversary of the Treaty of Rome, the foundational act of the European Union.
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FR
Nous, le peuple d’Europe, déclarons ici nos valeurs partagés et reconnus dans une Union Européenne de aujourd’hui et demain, basée sur un héritage culturel et historique de matrice Chrétienne: respect par la dignité humaine, de Droit, Solidarité, Subsidiarité, Liberté et Responsabilité. Nous défendons aussi le Liberté religieuse, le respect par croyants et pas-croayants, et le dialogue institucionel avec les Églises.
Signé le 25 Mars 2007, le 50éme anniversaire du Traité de Rome, l’acte fondateur de l’Union Europeéne.
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ES
Nosotros, la gente de Europa, aquí afirmamos nuestros valores compartidos y reconocidos en la Unión Europea de hoy y de mañana, basados en una herencia y identidad cristiana de la civilización europea de respecto por la dignidad humana y el derecho, solidariedad, subsidiaridad, libertad y responsabilidad. Nosotros defendemos también la garantía de libertad de religión, del respecto por creyentes y no-creyentes bien como el dialogo con las Iglesias.
Firmado el 25 Marzo de 2007, en el 50º aniversario del Tratado de Roma, el acto fundador de la Unión Europea.
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PL
My, narody Europy, oświadczamy niniejszym, że naszymi wspólnymi, uznawanymi przez Unię Europejską wartościami na dziś i na jutro są – zbudowane na fundamencie kulturowego i historycznego dziedzictwa chrześcijaństwa: szacunek dla godności osoby ludzkiej oraz dla prawa i sprawiedliwości, solidarność i subsydiarność, wolność i odpowiedzialność. Stoimy również na straży gwarancji wolności wyznań, szacunku wobec osób wierzących i niewierzących oraz instytucjonalnego dialogu z Kościołami.

Podpisano dnia 25 marca 2007 roku, w 50-lecie Traktatu Rzymskiego, aktu założycielskiego Unii Europejskiej.
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Sincerely,


The Undersigned


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Dear friends,

Next 25th March the Treay of Rome will celebrate 50 years. On that occasion, several movements plan to affirm their pan-european positions. We thus ask all citizens of Europe to support, sign ans spread the word about the following electronic petition. It basically follows the spirit of the previous «God and Europe» petition in favour of a reference to Christian heritage in the European Constitution.

http://www.petitiononline.com/eurochhe/

Please note:

We have no more than a few days remaining for our deadline (25th March)

You'll take no more than 30 seconds to sign it

The "petitiononline" system fully assures email confidenciality (you can always put a non-valid email - the only thing is you won't the automatic confirmation response)

You may follow these complete filling instructions:

1) In your web browser, please go to the address http://www.petitiononline.com/eurochhe and read the petition contents

2) If you agree, please click at Sign the Petition

3) On the new web page, fill the fields:
- Name - your name
- Email address
- City (optional)
- Country (optional)
4) click at "preview your signature"
5) a confirmation page opens - click at "approve signature"

(please pass/translate this message throughout Europe)

quinta-feira, março 08, 2007

ainda voltaremos aos "cristãos novos" x "cristãos velhos"

A velha tendência lusitana para a divisão interna está de volta. A objecção de consciência dos "médicos pelo não", a confirmar-se a "solução final" legislativa, irá impedir que sejam contratados os que se recusem a praticar abortos e impedir que participem nas consultas os que já estejam ao serviço? Vêm aí os "médicos novos" contra os "médicos velhos"? Então se essa discriminação vier a ser feita, ainda veremos talvez um dia os "médicos velhos" de braçadeira no braço com a estrela de David. Ou a Cruz... a cruz de terem de atender uma multidão imensa de mulheres que preferirão esperar meses para ser atendidas por estes, e não por um qualquer vulgar "carniceiro".

terça-feira, fevereiro 27, 2007

in dubio pro vita

Conforme discutiu profundamente o Prof. Patrício Ventura-Juncá (Chile) na sua alocução à Pontifícia Academia pro Vita (disponivel aqui), não está provado que a chamada "contracepção de emergência" não tenha um efeito abortivo. Os seus promotores pretendem uma espécie de inversão do ónus da prova dizendo qualquer coisa como "não está provado que actue necessariamente segundo um princípio abortivo (impedindo a implantação do ovócito no útero)". Ora, o princípio jurídico do dolo eventual aconselharia então que, se um acto pode ter consequências trágicas (matar um ser humano, por exemplo) embora não esteja ainda provado que as tenha necessariamente, então, na dúvida, o acto não pode ser legitimamente praticado.

Não se pode atirar um piano de uma janela sobre um passeio onde podem estar a passar pessoas. O acto em si já é crime pelo risco que necessariamente comporta. Se o resultado for efectivamente a morte ou ferimento de algum transeunte, então há homicídio com dolo eventual. Parece que a mesma razão servirá para avaliar eticamente o "dolo eventual" duma pílula abortiva, seja ela o "plan B", o mifepristone ou o levonogestrel (LNG).


cf. também:
http://ec.princeton.edu/questions/ecwork.html
«[...] Studies show that both types of emergency contraceptive pills can prevent or delay ovulation (the time in your cycle when your ovaries release an egg). If you take emergency contraceptive pills before fertilization (the point when the egg and sperm meet), they may interfere with the process of fertilizing the egg, for instance making it harder for the egg or the sperm to travel (and meet up) in your reproductive tract. It’s also possible that emergency contraceptive pills work after fertilization, making it impossible for the fertilized egg to implant in your uterus; researchers will probably never be able to prove for certain whether or not emergency contraceptive pills have an effect after fertilization.»

http://ec.princeton.edu/questions/ecnotru.html
The abortion pill, also known as mifepristone or RU-486 ("medical abortion" or "medication abortion"), is a completely different drug from Plan B and the other brands of birth control pills that you can use for emergency contraception. Emergency contraceptive pills (also called “morning after pills" or "day after pills") contain common female hormones, either progestin alone or progestin combined with estrogen. These hormones prevent pregnancy, they do not cause an abortion; for more about how Plan B works, read this article in the Journal of the American Medical Association.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

mensagens de apoio e apelo à coragem lúcida do Sr. Presidente da República

Caros amigos,

Quem quiser escrever ao Sr. Presidente, pode ir directamente a este endereço, preencher os seus dados e manifestar o seu apoio no campo Mensagem (limite de 10.000 caracteres). No campo “motivo” há duas opções um pouco redutoras: escolham a que lhes parecer melhor (esclarecimento / informação).

http://www.presidencia.pt/?action=3

A mensagem deve ser personalizada com as palavras e estilo de cada um. Sem prejuízo, sugiro que incluam os seguintes tópicos:

« Oposição ao projecto de “aborto na hora” do Presidente do Grupo Parlamentar do PS, Alberto Martins!

Apoio às declarações do Sr. Presidente avisando que não prescindia dos seus poderes, exigindo uma solução moderada e um consenso alargado;

Rejeição das declarações de Alberto Martins, propondo-se deixar cair o aconselhamento obrigatório e o prazo de reflexão, contra o que o “sim” andou a prometer durante toda a campanha, garantindo aos portugueses que com a pergunta a referendar "o aborto não seria liberalizado e, por isso, seria exigido "aconselhamento e acompanhamento às mulheres, a fixar na regulamentação da lei" »

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(transcrição do meu apelo e mensagem de apoio ao Sr. Presidente)

Sr. Presidente,

Apoio inteiramente a declaração/aviso de que "não abdica de qualquer dos seus poderes constitucionais. E faço um apelo para que não permita que o P.S. abuse de um mandato que não recebeu do povo português. Nesse sentido, permito-me dar a conhecer a V. Ex.ciª um breve texto que
publiquei ontem mesmo no meu blog pró-Vida, cujo endereço é o seguinte:

http://vida-por-vida.blogspot.com/2007/02/aborto-na-hora.html

Muito atentamente
De V. Ex.ª

Luís Botelho Ribeiro


Presidência da República Portuguesa (2007-02-15 18:08:03)





aborto na hora...

Depois do governo de José Sócrates ganhar prémios europeus pela iniciativa "empresa na hora", será que o seu líder parlamentar, Alberto Martins, quer agora ultrapassar o CHEFE pela "esquerda", com a iniciativa "aborto na hora"?
...Esquecendo tudo o que foi prometido durante a campanha eleitoral para o referendo e reiterado na própria noite do escrutínio pelo Sr. Primeiro Ministro que disse que haveria obrigatoriamente lugar a uma consulta de aconselhamento e um período de reflexão?
Para quem esqueceu ou já duvida se ouviu bem o que disse o seu Primeiro-Ministro, basta ler a versão on-line do DN de 12 de Fevereiro:
http://dn.sapo.pt/2007/02/12/tema/socrates_recusa_vincularse_prazos_pa.html
«a legislação irá garantidamente prever um período de reflexão e sistemas de aconselhamento para quem quiser abortar»

Quem, porém, ler as notícias de 13 de Fevereiro (sim, um dia depois da edição o D.N. acima) só pode ficar atónito ao verificar como, com pouquíssimo tempo transcorrido e ainda menos vergonha, se está a preparar mais uma monumental traição eleitoral, na linha de outras já tragicamente famosas "Sócrates compromete-se a não subir impostos"

vd. http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=262781
"O líder parlamentar socialista, Alberto Martins, afirmou esta terça-feira que não haverá aconselhamento obrigatório na lei para as mulheres que queiram abortar até às dez semanas, porque isso seria uma imposição «à revelia do resultado do referendo». "

Mas será que estes políticos pensam que nós, e também o Sr. Presidente da República, esquecemos ou ignoramos que o resultado do referendo foi não vinculativo? E já esqueceram dum dia para o outro o que milhares de vezes repetiram os seus emissários nas centenas de debates organizados de norte a sul do país? Sempre nos responderam eles que não estávamos perante um "abrir as portas à balda" porque haveria aconselhamento e período de reflexão, aliás conforme constava da proposta de Lei 19/X do partido socialista, já aprovada pela A.R. na generalidade.

O orgulho de Alberto Martins: «ninguém fará a lei por nós».

«Não haverá naturalmente aconselhamentos obrigatórios, à revelia do que foi o mandato popular»,

O mandato popular não existe na medida em que a maioria dos portugueses optou por não o conferir: dos 8,7 milhões de votantes inscritos, dos 10 milhões que somos, apenas 2.238.053aprovaram a liberalização do aborto, menos de um quarto portanto!

A pérola final do discurso de Alberto Martins: «uma vitória do progresso e da modernidade, uma vitória do grupo parlamentar» durante a campanha, apreensivos com a recuperação do "não", repetiram até à exaustão que esta não era uma questão político-partidária, mas sim uma "questão de consciência individual". Passado o susto, com o alívio chegou também a fanfarronada politiqueira do mais abjecto aproveitamento político - não foi só uma vitória do PS ou de Sócrates, mas até uma vitória do grupo parlamentar do PS... isto como se na hora de votar SIM ou NÃO, alguém além dele próprio tivesse em conta o "ponderoso" argumento de estar a ajudar ou prejudicar o "grupo parlamentar do PS". A simples ponderação desta hipótese seria já uma afronta à postura cívica dos portugueses; o seu anúncio triunfal revela em toda a sua extensão o profundo desprezo de alguns dos nossos actuais líderes políticos pela Democracia e pelos Cidadãos que, pacientemente mas em cada vez menor número, continuam a elegê-los, à falta de alternativas melhores.

Até quando, ó portugueses, suportareis que vos mintam e descaradamente vos insultem?


Nós que votámos e o Sr. Presidente da República que será chamado a assinar a Lei da A.R. estivemos muito atentos a tudo o que foi dito e escrito durante os últimos meses. E temos memória. Não sendo vinculativo, o referendo não impõe que o desvario da Lei acompanhe o desvario da pergunta num referendo, em si mesmo tão enviezado que até o logotipo escolhido era praticamente o do Bloco de Esquerda (organização pública e notoriamente alinhada pelo "SIM"). Esperamos todos, por conseguinte, que - no mínimo - a Lei não vá mais longe que Projecto de lei nº 19/X do Partido Socialista, aprovado na generalidade em 20 de Maio de 2005. Será mesmo desejável e recomendável que um consenso de dois terços da Assembleia da república, envolvendo PS e PSD, garanta uma solução que respeite o art.º 24 da Constituição - caso contrário, o Sr. Presidente da nossa República certamente cumprirá o seu dever...
... obviamente vetando!

VEJA AS DIFERENÇAS...

sexta-feira, janeiro 26, 2007

o PS e o aborto clandestino

prática de aborto clandestino confessada em entrevista ao DN por ex-deputada e eurodeputada eleita pelo PS


Francisco Almeida Leite
«Ao DN, a ex-deputada e ex-eurodeputada do PS mostra-se descontente com a actual lei, que data de 1984 [...]
Muito crítica em relação à situação actual, Maria Belo garante que "a hipocrisia está toda no grande negócio das clínicas clandestinas". E faz revelações: "Sei de clínicas em Lisboa onde se fazem abortos e até se contrataram médicos espanhóis porque alguns portugueses invocaram objecção de consciência." Clínicas essas que "levam o dobro do que se paga em Espanha". [...]

Lembrando que a sua preocupação vem muito de trás, Maria Belo conta ao Diário de Notícias como em 1976 recebeu especialistas franceses que ajudaram a constituir um grupo em Almada que dava consultas de contracepção, mas também fazia abortos.

"Ocupámos uma casa na Cova da Piedade, começámos por dar consultas e apareciam-nos muitas mulheres para fazer abortos", revela. Segundo a ex-deputada socialista, esse grupo de estrangeiros chegou a fazer dois abortos por mês "ao preço de 250 escudos cada um", quantia que servia sobretudo "para as despesas de material".

"Como não podíamos fazer todos os abortos que apareciam, foram-se formando outros grupos", adianta Maria Belo, que garante que a prática funcionou durante cinco anos, até 1981. "Nós fazíamos os abortos por aspiração às mulheres. Eram gratuitos, mas havia esse custo de material de cerca de 250 escudos. Como havia muitos, às tantas ensinámos outras pessoas que construíram os seus grupos", refere a grã-mestre da Grande Loja Maçónica Feminina.

A psicanalista adianta que nunca teve problemas com as autoridades, excepto quando provocou um aborto a uma amiga. "Uma vez fiz a uma amiga minha um aborto em Alfama, com os meios que tinha, só que a situação estava complicada. Por isso provoquei-lhe o aborto e depois deixei-a nas urgências da Maternidade Magalhães Coutinho, que já não existe. Eles lá é que perguntaram quem tinha feito aquilo, ela não disse", conta a ex-deputada. »

---- § ----

Quando falamos em abortos num "vão de escada" podemos estar a falar de uma ex-deputada da nação e ex-eurodeputada? Vem então de tão longe a consciência pesada do Partido Socialista nesta questão do aborto?...

À atenção do Ministèrio Público:

Há que averiguar onde estão estas supostas clínicas espanholas a fazer abortos ilegalmente em Lisboa de que afirmou ter conhecimento a D.ra Maria Belo. Parece que a lei existente está a ser transgredida, se for verdade que estas precisam de contratar médicos espanhóis para operações que os médicos portugueses se recusam a fazer por "objecção de consciência" e, presumivelmente, por constituirem violações da Lei em vigor. Se há médicos espanhóis a praticar crimes em território português, há que fazer aplicar Lei Portuguesa. Ou será que em Lisboa vale a Lei Espanhola? Primeira coisa a fazer: chamar a prestar declarações quem afirma ter essas informações. Presumimos que o estatuto de Grã-Mestre da Maçonaria Feminina não confira qualquer direito de dispensa ou imunidade.


cf. também:

http://www.medicospelaescolha.pt/node/116

«

«Médicos pela Escolha rejeitam que haja síndroma pós-aborto»

[...] A psicanalista Maria Belo mostrou-se impiedosa: "Não há ninguém em Portugal da classe média/média-alta que tenha um filho sem querer. Há todas as condições para fazer um aborto em Portugal. É só ir às clínicas no centro de Lisboa, propriedade de alguns médicos objectores de consciência, nas quais se fazem abortos pelo dobro do preço do que se pratica em Espanha."»

Debate sobre o referendo ao aborto - Penafiel 20.01.2007

(foto de Napoleão Monteiro)
(transcrição de http://www.jornalaberto.com/template_permalink.asp?id=1254 )

O referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) foi tema de um debate que reuniu, ontem à noite, na Biblioteca Municipal de Penafiel, a eurodeputada Ilda Figueiredo (da plataforma do Sim) e o professor universitário Luís Filipe Botelho Ribeiro (do movimento cívico “Minho com Vida”). A discussão decorreu cordialmente, com a defesa de pontos de vista divergentes, até ao momento em que, perante a plateia, o defensor do Não mostrou a miniatura de um automóvel comparando-a ao tamanho de um embrião de dez semanas.

A militante comunista acredita que a despenalização do crime vai acabar com os abortos clandestinos feitos no nosso país e preconiza que a melhor forma de se evitar a IVG é implementar nas escolas a Educação Sexual e o Planeamento Familiar. A triste realidade do aborto clandestino envergonha, afirma a eurodeputada, lembrando que Portugal tem a maior taxa de adolescentes grávidas. E porque “somos o único país europeu onde se fazem julgamentos e condenações a mulheres que abortam”, Ilda Figueiredo apelou ao voto no SIM, no referendo do dia 11 de Fevereiro.
O mandatário do movimento cívico pelo Não argumentou que, segundo um estudo a Associação de Planeamento Familiar (APF) 87 por cento de mulheres abortaram contra a vontade. “A vergonha é a falta de apoio à maternidade em Portugal. Há uma enorme hipocrisia sobre esta matéria”, alegou, insistindo na ideia de que “um embrião com dez semanas é um ser humano”.

Para explicar a tese, Luís Ribeiro mostrou a miniatura de um automóvel comparando o tamanho do embrião ao tamanho daquele objecto, irritando Ilda Figueiredo. “Esta comparação é infeliz e lamento que compare um automóvel a um embrião. Tenho três filhos e três netos e sei muito bem do que falo e não estou aqui a falar de automóveis”, afirmou.
O defensor do Não explicou que não pretendeu sequer estabelecer comparações, mas avisou que “dá jeito para eliminar uma vida, não considerar um embrião um ser humano”. E numa segunda analogia, comparou o referendo e a possibilidade de o aborto ser despenalizado “à broca do metalúrgico Jerónimo” [Jerónimo de Sousa líder do PCP] que “começa por furar um milímetro e quando nos aperceberemos temos um buraco enorme…” . “O aborto clandestino não acabará com a despenalização”, concluiu.

referências na imprensa:
http://www.jornalaberto.com/template_permalink.asp?id=1254
http://penafielgentearte.blogspot.com/2007/01/um-debate-sobre-o-referendo-i-v-g.html

reportagem na TV Vale do Sousa:
http://www.valedosousa.tv/ -> Penafiel (destaque)

PS - a propósito de carros e carrinhos vd.
"A Ilda Figueiredo é perigosa para a segurança dos automobilistas."

governo promove o SIM...


...plex

Será inocente aquele realce do "sim" a negrito?

Se a intenção do negrito fosse apenas a de realçar uma referência ao "programa de simplificação administrativa e legislativa", o negrito certamente realçaria a parte comum com a palavra "simplificação". Teríamos então "simplex".

Mas se a intenção fosse, como cremos ser o caso, o envio de uma mensagem subliminar de apelo ao "SIM" no próximo referendo, então a opção seria pela forma que realmente aparece "simplex", realçando a ideia de "sim", de concordância... Sugestão subtil que dá muito jeito para a forma da pergunta do referendo "concorda com a despenalização... etc...?".

Politicamente, não pode ser acusada de inábil esta intenção de "colar" a ideia de "sim à despenalização da IVG" à simpática ideia de simplificação administrativa, particularmente agradável para um povo a braços com uma história secular de burocracia, complicacionismo administrativo e corrupção.

Agora não venham de lá com o argumento de que o programa simplex já remonta a 2006 e o logotipo "nada tem que ver com o referendo". Alguém duvida de que a ideia de voltar à carga com o "aborto a pedido" anda com eles desde a derrota de 1998?

o aborto e o abandono

O aborto livre também resolverá o problema do abandono da mulher grávida? A nossa responsabilidade colectiva é de criar uma sociedade mais solidária e fraterna ou... facilitar o aborto livre?

A história é dramática mas real. Aconteceu em Braga um destes dias...
http://jn.sapo.pt/2007/01/26/norte/mulher_gravida_estava_morta_quase_do.html

Que alternativas tem a sociedade portuguesa para oferecer?

O movimento pró-Vida mostra o caminho: